segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Café (Des)Conserto servido com sucesso total por Vitorino De Almeida


Cultura também é convívio
O Dia dos Reis viu passar um fogacho de genialidade pela cidade de Espinho. O Maestro Vitorino De Almeida abriu uma bateria de encontros desta iniciativa que terá lugar no Centro Multimeios de Espinho sempre na primeira quinta-feira de cada mês estando prevista, pelo menos, a realização de mais cinco Cafés (Des)Conserto.
Com pouco minutos de atraso, o Maestro fez a sua entrada na Galeria de Exposições do Multimeios onde uma multidão o aguardava. Na zona da Galeria de Exposições, centenas de amantes da música aplaudiram a chegada de Vitorino de Almeida ao passo que o poder local fez as honras da casa no mesmo patamar que o piano foi colocado. O presidente da Câmara Municipal de Espinho esteve ladeado pelos vereadores Quirino de Jesus, Manuela Aguiar e o chefe do Gabinete de Apoio ao Presidente João Limas. A paredes meias. estiveram os cinco presidentes de Junta de Freguesia, Alfredo Rocha, Américo Castro, Napoleão Guerra, Marco Gastão e Rui Torres.
O Maestro Vitorino De Almeida começou por se desculpar pelo atraso, culpabilizando a “vitela”, que deveria estar boa, dizemos nós. Depois, demonstrando a humildade dos génios e de quem não precisa de se por em bicos de pés para não ser mais um na multidão, o Maestro explicou que “não sabia para o que vinha” fazendo desta forma a perfeita definição da intemporalidade cultural da noite. Levado pelo sabor do seu próprio conhecimento da história universal da música, Vitorino de Almeida intermediou um diálogo inteligente e bem-humorado com música arrancada pelos seus dedos mágicos das teclas pretas e brancas do piano. Pelo meio, o Maestro recordou os tempos em que “retirava uma hora do seu sono” para se deliciar com uma “vista magnífica sobre o mar de Espinho”.
Nem só de mestria viveu a noite. O coro “Amigos da Academia” representou a cultura musical espinhense e interpretou algumas canções de Janeiras sob a liderança do Maestro espinhense Fausto Neves. A exibição esteve ao mais alto nível vocal de qualidade, o que valeu um aplauso em monologo de Vitorino De Almeida.
Hora e meia depois de muita interacção com o público, o Maestro fechou uma noite memorável retirando uma Valsa de Chopin do piano com garra e dedicação. Depois de espalhar simpatia e magia pelo Multimeios, Vitorino De Almeida rumou a outras paragens onde, certamente, mais gente sedenta do seu génio o aguardava.
Paulo Duarte

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